O PARADIGMA DA VERDADE QUE PERPASSA AS METAFÍSICAS CLÁSSICA E MODERNA E DETERMINA AS DECISÕES JUDICIAIS

Autores

  • Gabrielle Tesser Gugel Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.5902/1981369413612

Palavras-chave:

metafísica clássica, metafisica da consciência, objeto-sujeito

Resumo

O presente texto tem por objetivo a compreensão acerca de que modo o dualismo sujeito-objeto encontra-se presente nas decisões judiciais dos Tribunais. Demonstra-se que a filosofia da linguagem influencia a forma como as decisões são tomadas no Tribunal. Por isso objetiva-se abordar o pensamento desenvolvido na metafísica clássica e moderna. Na metafísica clássica a noção acerca da verdade encontrava-se nas coisas, ou seja, nos objetos, sendo de forte influência para a Escola da Exegese surgida na França e na Escola da Jurisprudência dos Conceitos elaborada da Alemanha. A ruptura ocorrida na metafísica moderna traz a filosofia da consciência e a noção de sujeito formulada por Descartes. O sujeito passa a ser o assujeitador das coisas, é nele que está a verdade, o conhecimento prévio. Sua influência está claramente presente na Escola da Jurisprudência dos Interesses. A metafísica moderna somente foi superada no campo da filosofia, com o giro linguístico. A metodologia utilizada será o método hermenêutico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabrielle Tesser Gugel, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Mestranda em Direito Público pela UNISINOS. Bacharel em Direito pela Universidade de Caxias do Sul. Advogada. Presidente da Associação Nacional dos Emigrados e Ex-emigrados das Américas e Austrália - Brasil.

Referências

ARISTÓTELES. Metafísica. Madrid: Espasa Calpe, 1999.

BRAIDA, Celso R. Filosofia e linguagem. Florianópolis: Rocca Brayde, 2011.

DESCARTES, René. Discurso de método. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

GARCIA-ROZA. Luiz Alfredo. Palavra e verdade: na filosofia antiga e na psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.

HERKENHOFF, João Baptista. Como aplicar o Direito (à luz de uma perspectiva axiológica, fenomenológica e sociológico-política). Rio de Janeiro: Forense, 1994.

JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. Tradução por Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1977.

KAUFMANN, Arthur; HASSEMER, Winfried (Org.). Introdução à filosofia do direito e à teoria do direito contemporâneas. Tradução de Marcos Keel e Manuel Seca de Oliveira. Revisão científica e coordenação de Antonio Manuel Hespanha. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.

LARENZ, Karl. Metodologia da Ciência do Direito. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.

LAUAND, Luiz Jean; SPROVIERO, Mario Bruno. In: TOMÁS DE AQUINO, Santo. Verdade e conhecimento. Tradução, estudos introdutórios e notas de Luiz Jean Lauand e Mario Bruno Sproviero. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Reviravolta lingüístico-pragmática na filosofia contemporânea. São Paulo: Loyola, 1996.

PLATÃO. Crátilo: diálogo sobre a justeza dos nomes. 2. ed. Lisboa: Sáda Costa Editora, 1994.

SIMON, Josef. Filosofia da linguagem. Rio de Janeiro: Edições 70, 1990.

TOMÁS DE AQUINO, Santo. Verdade e conhecimento. Tradução, estudos introdutórios e notas de Luiz Jean Lauand e Mario Bruno Sproviero. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica da construção do Direito. 10. ed. rev., atual. e ampl. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.

STRECK, Lenio Luiz. O que é isto – decido conforme minha consciência? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.

STRECK, Lenio Luiz. Quanto vale o narcisismo judicial? Um centavo? CONJUR, mai. 2012. Seção Senso Incomum. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2012-mai-17/senso-incomum-quanto-vale-narcisismo-judicial-centavo. Acesso em: 24 abr. 2014.

STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenso. São Paulo: Saraiva, 2011.

Downloads

Publicado

15-08-2014

Como Citar

Gugel, G. T. (2014). O PARADIGMA DA VERDADE QUE PERPASSA AS METAFÍSICAS CLÁSSICA E MODERNA E DETERMINA AS DECISÕES JUDICIAIS. Revista Eletrônica Do Curso De Direito Da UFSM, 9(1), 116–140. https://doi.org/10.5902/1981369413612

Edição

Seção

Artigos científicos