A educação ambiental e o ritual sagrado do cururu de Mato Grosso

Autores

  • Lucy Ferreira Azevedo Universidade de Cuiabá, Cuiabá, MT
  • José Serafim Bertoloto Universidade de Cuiabá, Cuiabá, MT
  • Imara Pizzato Quadros Instituto Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236130820462

Palavras-chave:

Cururu, Educação ambiental

Resumo

O Cururu de Mato Grosso mostra as relações entre as pessoas e instituições. Apresenta, portanto, uma concepção de mundo. A Nova Retórica é o meio pelo qual este trabalho quer tornar visível, pela pesquisa bibliográfica, costumes e as práticas que aqui representam Educação Ambiental, no sentido de entendê-la como uma ação que deverá formar indivíduos mais críticos e participativos, para a percepção de um assunto interdisciplinar. Indo além do equívoco de que Educação Ambiental restringe-se a, por exemplo, Ecologia, pensa a disciplina nos objetivos da Educação Ambiental que, no entendimento geral, representam conscientização; conhecimento; comportamento (atitude); competência; capacidade de avaliação e participação. Com base nesses objetivos, este artigo pensa os ritos como mediadores do encontro homem com o sagrado, combate entre a razão e o afeto para o entendimento dos valores comuns. O rito sagrado do Cururu de Mato Grosso propaga valores regionais e deixa ver, no verso, na música e na performance, a relação entre ethos, logos e pathos para exteriorizar os sentimentos que emanam da forma de viver no Centro Oeste. A Nova Retórica é o suporte teórico e, em pesquisa bibliográfica, as paixões são descortinadas pela toada: argumentos para a construção do gênero epidítico.

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Publicado

2015-11-19

Como Citar

Azevedo, L. F., Bertoloto, J. S., & Quadros, I. P. (2015). A educação ambiental e o ritual sagrado do cururu de Mato Grosso. Revista Monografias Ambientais, 14, 254–260. https://doi.org/10.5902/2236130820462

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