Taxa de pobreza e população rural no Brasil: análise espacial dos períodos 2000 e 2010

Autores

  • Marcio Marconato Doutorando em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá
  • Marcos Aurélio Brambilla Mestrando em Economia Regional pela Universidade Estadual de Londrina
  • Marcia Regina Gabardo da Camara Professora da Universidade Estadual de Londrina
  • Sergio Carlos de Carvalho Professor da Universidade Estadual de Londrina
  • Sidnei Pereira do Nascimento Professor da Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5902/1414650917379

Palavras-chave:

Pobreza, AEDE, Rural

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar a distribuição espacial da pobreza rural nos municípios brasileiros e a relação entre população rural e taxa de pobreza nos anos de 2000 e 2010. O trabalho utiliza a Análise Exploratória dos Dados Espaciais para identificar o coeficiente bivariado I de Moran, o gráfico de dispersão, o mapa de significância e finalmente o mapa de cluster das variáveis dos municípios. Os dados são coletados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos censos de 2000 e 2010. Verificou-se que entre 2000 e 2010 ocorreu um aumento pouco expressivo da autocorrelação espacial positiva entre o percentual da população rural e taxa de pobreza para os municípios brasileiros. A conclusão do estudo é que, as cidades nas quais se concentram uma grande população rural continuam apresentando uma alta taxa de pobreza, confirmando a hipótese de que a população rural tem dificuldade em usufruir de políticas de combate à pobreza devido à dificuldade do acesso a essas informações e pelo distanciamento físico. Por outro lado, há indícios que o PRONAF surge como uma política que pode contribuir para minimizar os seus efeitos, mesmo que lentamente reduzir a pobreza rural.

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Publicado

2015-08-24

Como Citar

Marconato, M., Brambilla, M. A., Camara, M. R. G. da, Carvalho, S. C. de, & Nascimento, S. P. do. (2015). Taxa de pobreza e população rural no Brasil: análise espacial dos períodos 2000 e 2010. Economia E Desenvolvimento, 27(1). https://doi.org/10.5902/1414650917379

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