Alguns efeitos do nosso tempo na formação de professores da Educação Especial

Autores

  • Leandra Boer Possa Universidade Federal de Santa Maria
  • Maria Inês Naujorks Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X7655

Palavras-chave:

Educational policies, Teacher education, Special Education, Inclusive education.

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1984686X7655

 

A vontade de saber e problematizar aquilo que parece tranquilo e naturalizado em torno da formação do professor/a da Educação Especial é os efeitos de uma estratégia política neoliberal que opera nos processos de objetivação/sujeição de um sujeito que se produz profissional da Educação Especial. A trama que legitima processos de formação, como um eterno momento de aprendizagem para a profissão, é um modo de subjetivação no qual, todos são capturados a exercermos sobre nós mesmos um tipo de poder que se dobra a partir das relações que exercemos sobre nós mesmos e sobre os outros. Este texto problematiza as discussões em torno da formação de professores da Educação Especial a partir de três temas, são eles: a Inclusão, a Escola inclusiva e a Educação para todos; o binômio da Educação Especial que apresenta o campo clínico em contrário ao da Educação; e, a perspectiva totalizante e polivalente que vem contornando o discurso da política de formação do professor/a da Educação Especial. Para concluir, apontamos a necessidade de desnaturalizar um modelo dado à formação de professores/a da Educação Especial, para que possamos perceber contingencialmente os regimes de verdade e a racionalidade política que organizam e estruturam tal formação. Propomo-nos a pensar sobre os efeitos que estes regimes de verdade, já que não temos como escapar deles, produzem no modo como se subjetivam aqueles, que pela formação, constituem-se professores de tal campo.

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Biografia do Autor

Leandra Boer Possa, Universidade Federal de Santa Maria

Graduada em Educação Especial - Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria (1993), mestrado em Mestrado em Educação - Fundamentos da Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1997) e em Mestrado em Psicopedagogia - Universidad de La Havana (2001).Professora assistente da Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: prática pedagógica, formação de professores, educação infantil, aprendizagem e pedagogia social.

Maria Inês Naujorks, Universidade Federal de Santa Maria

Licenciada em Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, em 1985. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do RIo Grande do Sul/PUCRS, em 1992. Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo/USP, em 1997. É Professora Associada IV, do Departamento de Educação Especial, do Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria. Desde 1999 atua como docente credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação/PPGE/UFSM, na Linha de Pesquisa: Educação Especial. Exerceu atividade de Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação/PPGE/CE/UFSM de 2002 a 2007. É líder do GEPE- Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Especial e Inclusão. Realizou Estágio Pós-Doutoral no ano de 2009 junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na linha de pesquisa: Universidade: Teoria e Prática. A área de atuação é a Educação Especial desenvolvendo pesquisas nas temáticas de: Políticas Públicas e Educação Especial, Avaliação e Inclusão Educacional.

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Publicado

2014-06-02

Como Citar

Possa, L. B., & Naujorks, M. I. (2014). Alguns efeitos do nosso tempo na formação de professores da Educação Especial. Revista Educação Especial, 27(49), 447–458. https://doi.org/10.5902/1984686X7655

Edição

Seção

Artigos – Demanda contínua

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