TAMANHO E FORMAS DE PARCELAS PARA INVENTÁRIOS FLORESTAIS DE ESPÉCIES ARBÓREAS NA AMAZÔNIA CENTRAL

Autores

  • Milena Marmentini de Oliveira
  • Niro Higuchi
  • Carlos Henrique Celes
  • Francisco Gasparetto Higuchi

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509815744

Palavras-chave:

levantamentos florestais, suficiência amostral, unidade amostral

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1980509815744

Uma das principais ferramentas para quantificar e qualificar o potencial de uma floresta é o inventário florestal. Durante a sua fase de planejamento, é necessário definir a intensidade de amostragem e o tamanho e forma de unidades de amostra para minimizar os custos de coleta de dados, aumentando a precisão do inventário florestal. Este estudo teve como objetivo testar diferentes tamanhos e formas de unidades de amostra para diferentes categorias de diâmetros a altura do peito (DAP). O estudo foi realizado na região de Manaus, incluindo INPA e áreas como a estação experimental da Embrapa em torno da BR-174, no estado do Amazonas, Brasil. Cinco categorias de DAP foram consideradas, como a seguir: 5 centímetros, 10 cm, 20 cm, 25 cm e 45 cm. Para todas as categorias de DAP, vinte e três diferentes tamanhos e duas formas foram testados, de 100 m² a 10.000 m². O número de amostras foi definido como n = 30 para todas as simulações de tamanho, para se confirmar a utilização dos pressupostos do teorema do limite central. A área basal foi utilizada para estimar a incerteza em relação ao verdadeiro valor da média para a comparação entre os diferentes tamanhos para cada categoria de DAP. Quase todos os tamanhos de parcela, em todas as categorias de DAP, obtiveram incertezas inferiores a 10%. Os que obtiveram melhores resultados foram os de 1000 m², 800 m², 1200 m², 2000 m² e 10.000 m² respectivamente, para os DAP mínimos de 5, 10, 20, 25 e 45 centímetros. A maioria dos inventários florestais exploratórios no estado do Amazonas tem sido feita para árvores com DAP maior que 10 centímetros, e os tamanhos variando de 1000 a 2000 m². Os resultados deste trabalho demonstram que o tamanho para o inventário exploratório é adequado, porém, tamanhos diferentes devem ser usados para DAP maior ou igual a 45 centímetros, que é normalmente o DAP mínimo para os planos de exploração madeireira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BASTOS, T. X.et al.The Climate of the Brazilian Amazon region for agricultural purposes; a state-of-the-art. In: Proceedings of the 1st SYMPOSIUM ON THE HUMID TROPICS HELD IN BELÉM, PARÁ. Proceedings… Manaus,1986.

BONETES, L. Tamanho de parcelas e intensidade amostral para estimar o estoque e índices fitossociológicos em uma floresta ombrófila mista. 2003. 111 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003.

CAVALCANTI, F. J. B.et al. Tamanho de unidade de amostra e intensidade amostral para espécies comerciais da Amazônia. Revista Floresta, Curitiba, v. 39, n.1, p. 207-214.2009.

FAO.Manual de inventario florestal com especial referencia a los bosques mistos tropicales. p. 195,Roma. 1974.

FEARNSIDE, P. M. Desmatamento na Amazônia: dinâmica, impactos e controle. Acta Amazonica, Manaus, v. 36, n. 3, p. 395-400,2006.

FERRAZ, J. et al. Pesquisas Florestais para Conservação da Floresta e Reabilitação de Áreas Degradadas da Amazônia: Distribuição dos solos ao longo de dois transectos em floresta primária ao norte de Manaus (AM). Manaus. 1998. 111-143.

HIGUCHI, N.et al. Tamanho de parcela amostral para inventários florestais. ActaAmazonica, Manaus, v. 12, n. 1, p. 91-103.1982

HIGUCHI, N.et al.Devoloping bole wood volume equations for a group of tree species of Central Amazon (Brazil).Commonwealth For. Review, v. 64, n. 1, p. 33-41. 1985.

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change.2006.IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Diponível em: www.ipcc.ch. Acesso: 04 de junho de 2008.

MMA - Ministério do Meio Ambiente.Resultados do Inventário Florestal da Floresta Nacional do Jamari. Disponível em:

http://mma.gov.br/estruturas/sfb/_arquivos/flona_jamari_final_anexo06_resultados_do_inventario_florestal.pdf. Acesso em 25 de janeiro de 2008.

MESAVAGE, C.; GROSENBAUGH, L. R. Efficiency of Several cruising designs on small tracts in North Arkansas.Journal of Forestry, Washington, v. 3 n. 9, p. 569-76, 1956.

OGAYA, N. Kubierungsformeln und Bestandesmassenformeln.Inaugural- Dissertation - .Univ., Nat.-Math.Fak, Freiburg, 1968. 85 p.

OLIVEIRA, A. A. Inventários quantitativos de árvores em matas de terra firme: histórico com enfoque na Amazônia brasileira. Acta Amazonica, Manaus, v. 30, n.4, p. 543-567, 2000.

PÉLLICO NETTO, S.; BRENA, D. A. Inventário Florestal. Editorado pelos autores. v. 1, 1997. 316 p.

QUEIROZ, W. T. Efeitos da variação estrutural em unidade amostral na aplicação do processo de amostragem em conglomerados nas florestas do Planalto do Tapajós. Revista Floresta, v. 8, n. 1, p.19-23,1977.

RADAMBRASIL. Programa de Integração Nacional. Levantamentos de Recursos Naturais. v. 18 (Manaus) - RADAM (projeto) DNPM, Ministério das Minas e Energia. Brasil. 1978. 626 p.

SILVA, J. N. M. Eficiência de diversos tamanhos e formas de unidades de amostras aplicadas em inventário florestal na região do Baixo Tapajós. 1980. 84 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1980.

UBIALLI, J. A.et al. Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos em uma floresta ecotonalna região norte matogrossense. RevistaFloresta, Curitiba, v. 39, n. 3, p. 511 – 523, 2008.

WEISS, N.; HASSET, M. Introductory statistics. Reading: Addison-Wesley.1982. p.651.

Downloads

Publicado

30-09-2014

Como Citar

Oliveira, M. M. de, Higuchi, N., Celes, C. H., & Higuchi, F. G. (2014). TAMANHO E FORMAS DE PARCELAS PARA INVENTÁRIOS FLORESTAIS DE ESPÉCIES ARBÓREAS NA AMAZÔNIA CENTRAL. Ciência Florestal, 24(3), 645–653. https://doi.org/10.5902/1980509815744

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.